O Diário Oficial da União publicou em 29/04/2015
a nomeação do engenheiro agrônomo Eron Bezerra como titular da
Secretaria de Ciência e Tecnologia para a Inclusão Social do Ministério
da Ciência, Tecnologia e Inovação; SECIS-MCTI.
Eron é casado com a senadora Vanessa Graziotin, professor da Universidade Federal do Amazonas, ex-deputado estadual pelo
PCdoB, com cinco mandatos consecutivos, de 1991 a 2010. Ele ainda esteve
à frente da Secretaria de Estado da Produção Rural - SEPROR por dois períodos,
de 2007 a 2010 e de 2011 a 2014, nas administrações de Eduardo Cadeirudo Braga.
Sua tese de doutorado, tratando das possibilidades de transformar o pirarucu no "bacalhau da Amazônia", como exemplo de desenvolvimento sustentável, virou seu projeto de secretário-candidato, usando os recursos do estado pra isso.
Mesmo não sendo parente nem aderente de Dudu, parece que tem algumas afinidades com atividades pouco republicanas usadas no mandato e nas eleições de Dudu e Vanessa.
Sabe-se fartamente na cidade que, quando suas contas de 2008 na SEPROR chegaram ao TCE
os números não bateram, especificamente com um Termo de Parceria (002/2008) assinado com um obscuro
Instituto Dignidade para Todos - IDPT, visando a recuperação de estradas vicinais nos ramais
Pau-Rosa e Água Branca 2, que apresentou irregularidades e o "camarada" Eron
chegou a ser multado em R$ 380 mil.
Como o IDPT era chegadinho numa malandragem, quando Eron o contratou, sem fazer licitação, pela bagatela de R$ 1,99 milhão o TCE está atrás dele faz tempo. Eron agora quer
reverter a multa com recurso de reconsideração ao TCE, que ira se reunir hoje para decidir. Vejamos se Dudu e Vanessa não vão tentar dar uma mãozinha ao nobre secretário nacional.
ATUALIZAÇÃO em 08/06 - 11:00
Já condenado pelo juiz Leoney Figlioulo Harraquian, o marido da senadora Vanessa Graziotin, ex-deputado
estadual e ex-secretário de Estado da Produção Rural, Eron Bezerra, teve
seus direitos políticos suspensos por oito anos, de acordo com o Diário
Oficial do TJAM.
Além de não poder disputar eleições, Eron terá que
devolver R$ 1,135 milhão aos cofres públicos.
Eron foi condenado juntamente com o ex-presidente do Instituto
Dignidade para Todos (IDPT), Lacerda Carlos Júnior.
A sentença do juiz
Leoney Figlioulo baseou-se em ação civil pública movida pelo Ministério
Público do Amazonas (MP-AM) acusando Eron de burlar regras de concurso
público quando comandava a Sepror.
Ontem, 07/06/2016; o Tribunal de
Contas do Estado (TCE-AM) negou recurso do ex-secretário tentando
tentando reverter a condenação.