Retomo o tema (incluindo a imagem de abertura do post), pois o tema é fortemente importante para a continuidade da moralização do Brasil, pela prisão de bandidos que assaltam os cofres públicos.
Quando o juiz federal Sergio Fernando Moro, usou uma plateia seleta para criticar dois projetos de lei em tramitação na Câmara dos Deputados, com o objetivo nem um pouco disfarçado de diminuir a força da ação do poder judiciário, impediindo o
fechamento de acordos de delação premiada com bandidos já presos e revogando a decisão do STF de usar como regra jurídica a prisão de réus condenados já em segundo grau, ficou claro que expressava a visão da força tarefa que lidera, de que as medidas são um enorme retrocesso no combate à
corrupção e aos crimes do colarinho branco no país.
Nas palavras do meritíssimo, "Eu fico me indagando se não estamos vendo alguns sinais de uma
tentativa de retorno ao status quo da impunidade dos poderosos. Em determinado ponto, a Operação Mãos Limpas, italiana
similar à Lava Jato, perdeu o apoio da opinião pública. E a reação do
poder político foi com leis, como as que proibiam certos tipos de prisão
cautelar ou que reduziam penas".
Os alvos das críticas dele são dois hediondos projetos de lei propostos
neste ano pelo deputado federal Wadih Damous (claro que é do PT), flagrado num animado papinho de alcova com o 9 dedos em seu bunker 5 estrelas, enquanto tentava obstruir as investigações da Lava
Jato e salvara Afastada do impeachment.
O primeiro é a PL 4577/2016 que altera a decisão do STF de autorizar a prisão de réus condenados após a decisão
final no segundo grau. A alegação do imbecil Wadih é que não se completa o ciclo de trânsito
em julgado, prejudicando o acusado.
A decisão, no entanto, a proteção pretendida não é dirigida ao Zé da Silva, mas sim aos bandidos poderosos que, por conta de regras dessa espécie, por muito
tempo foram blindados de uma efetiva responsabilização criminal nas
nossas cortes de Justiça, usando adEvogados famosos e caros pra protelar suas causas Ad Eternum.
O segundo tema abordado por Dr Sérgio foi a PL 4372/2016, que quer a proibição de colaboração premiada por pessoas que
estejam presas. Na visão de pessoas de bem, o fato de estar preso não pode ser argumento para negar este recurso ao criminoso. Há que livrá-lo para ser pemitido. Mas aí já não mais o interessaria.
Educado e competente, dr Sérgio disse, sem citar o nome do deputado canalha, autor das propostas, que não pode ser apenas "coincidência" que os dois projetos sejam de um mesmo autor, membro do
PT.
O juiz ainda afirmou que, apesar de a corrupção existir em todos os
lugares do mundo, a corrupção sistêmica que se vê no Brasil "não é algo
assim tão comum".