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sábado, 13 de junho de 2015

É um Partido de Merda, Mas É Meu Partido...


Encerrou-se o congresso da ORCRIM (Termo de O Antagonista), o Partido dos Trabalhadores.
Numa demonstração da democracia partidária que pretendem aplicar ao Brasil, a minoria barulhenta e poderosa vence a manifesta intenção da maioria. 
Em abril, a cúpula havia decidido que doações de empresas não seriam aceitas pelo partido, mas deixou em aberto a aceitação por candidatos; a se referendar nessa convenção que se encerra.
Como o Congresso ( o outro, o Nacional Brasileiro) votou e aprovou apontando na direção inversa; ou seja; podem as empresas doarem aos partidos e não aos candidatos; a merda virou boné.
Os diretórios regionais, endividados até o pescoço, queriam já começar a achacar e pagar as contas. 
Em meio ao berreiro dos militantes com seus crachás nas mãos, a direção encerrou a sessão sem computar os "votos" da maioria. Os militontos queriam recusar de uma vez as doações privadas para campanhas e estava em maioria. 
Ou seja; Matheus, Matheus, primeiro os teus. Babita no caixa e depois conversamos. 
Portanto, dinheiro de empresas públicas e privadas, como os bilhões desviados até agora, podem pingar nas contas, "até que que eles decidam em definitivo". 
Mais pra frente veremos as demais "grandes decisões" tomadas.

Tem Que Usar Medicina do SUS: Dá Um Benzatacil Pro Brasil


Relutei muito em ver a entrevista da regovernANTA ao gordo babão e cheira-calçola. Ao vivo, nem pensar. Há anos que não vejo. Mas, na minha obrigação de dar opinião, li os textos nos portais do Sistema Globo.
Pois bem... Ratifiquei minha decisão de ter ido dormir cedo após um romântico e delicioso jantar com minha cunhã. Só lare-lare e as asneiras de sempre; senão vejamos, tema por tema.

AJUSTE FISCAL: trata-se de uma ação rápida e eficiente para corrigir alguns desvios, promover o investimento em infraestrutura e retomar o crescimento e a manter a concessão de benefícios sociais. Oraite madame... Agora contaê como é que fomos parar nessa situação? Gastos estratosféricos pra manter artificialmente sua "popularidade" e garantir a reeleição e a sobrevivência da canalhice de seus apaniguados.

SITUAÇÃO DA ECONOMIA: Está "um pouquinho" tumultuada por causa da necessidade de se alterar alguns rumos e incrementar investimentos "principalmente da iniciativa Privada" visando assegurar emprego e renda, como tem sido feito nos últimos 12 anos e nunca tinha sido feito desde Tomé de Sousa. Mas não se preocupem... a bosta é momentânea e vai acabar logo. O Brasil não está estruturalmente doente. Não? Juuuura? E quem é que vai apostar uma moedinha de 1 centavo em novas instalações ou ampliações com o risco enorme de regressão do mercado?

INFLAÇÃO: Ela está "bastante agoniada" mas sabe que tudo está sob controle. "Nós vamos fazer o possível e o impossível para manter a inflação dentro da meta". Como? gastando desbragadamente em despesas ascendentes e absolutamente fora de controle e sem agregação de valores? Vide cartões corporativos, 39 inúteis e perdulários ministérios, despesas secretas e por aí vai....

PAVIO CURTO: Negativo... Ela é "uma mulher dura e exigente no meio de homens meigos. Eu sou dura porque não posso ser uma presidentA mole". Cumequié? Dá uma berro e todo mundo se caga de medo?

CRÍTICAS: Claro que as aceita, ms às vezes "exageram demais" e aí ela fica tristinha. rsrsrsr Só rindo. Panelaço e buzinaço pra todo lado mesmo sem ela estar presente e apenas "exageram demais"?

MINISTÉRIOS: 39 ministérios não é muito. Cada ministro faz uma coisa e é especialista na sua área e todos são essenciais. Quer dizer que ministério da pesca, da igualdade racial e micro-empresa, pra não me estender muito, são essenciais? Tomanocó...

PETROBRAS: Aqui ela se superou... As pessoas que estavam lá, não eram da confiança dela, portanto, ela as trocou logo que foi possível. Mas uns poucos e não a empresa inteira. Ah tá...Então a culpa é do 9 dedos? Mas ela não era ministra das minas e energia e da casa civil? Bom, deixa pra lá...

SAÚDE: a grande ameaça. "Precisamos de um grande esforço na gestão hospitalar. Mas é preciso mais dinheiro. Sem dinheiro não de faz nada" Ou seja, tô de olho numa nova CPMF.

No mais, usou e abusou a expressão da moda, cunhada pelo ministro mais poderoso, João Göebels Santana, ministro da propaganda.

Quem tiver estômago forte, pode assistir a entrevista na íntegra AQUI.

Tadinho de Santo Antônio


Ajudaê Santo Antônio


Ô meu santo casamenteiro; ajudai...

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Cordelando 118: O Chamego Dá Prazer



Pra não dizer que sou chato,
Que só faço falar mal.
Começo meu versejar,
Cantando o emocional.
Beijo a todos namorados,
Em começo ou de tempão.
Pois essas coisas alegram,
A mente e o coração.

Namorar é coisa boa,
Seja lá que tempo for.
Canfungando no pescoço,
Declaração de amor.
E um cheirinho no cangote,
Pra fazer arrepiar.
Eleva muito a moral,
Nem precisa furunfar.

Diz o poeta Gonzaga
O Chamego dá prazer.
Olhando olhos nos olhos,
Como discorda você.
Uma boa companheira,
Que ao seu lado sempre está.
Muito que lhe dá coragem,
Pra essa vida enfrentar.

Tem muito casal famoso,
Na história pra contar.
Em todo canto do mundo,
Se gosta de namorar.
Teve Romeu-Julieta,
História triste demais.
Pra ver que até morte une,
De fato todos casais.

Teve Tristão e Isolda,
A Bonita e Lampião.
Helena de Troia e Páris,
Esse até deu confusão.
O romantismo dos Kennedy,
Casal bonito demais.
Como aconteceu com Grace,
Da tela para os jornais.

Amor é coisa gostosa,
Amor é bem imortal.
Em toda fase da vida,
A coisa mais natural.
Seja velho ou seja moço,
Se um dia você se envolveu.
Mantenha perto pra sempre,
O outro que escolheu.

Dia dos Namorados


Sem Palavras

quinta-feira, 11 de junho de 2015

Polo Industrial de Manaus à Beira do Caos


Uma greve dos servidores da SUFRAMA com motivo maior (entre outros) de derrubada no veto da regovernANTA sobre a aprovação pelo Congresso ano passado de seu Plano de Cargos, Carreiras e Salários; é uma ponte de iceberg que traz à tona uma grave problema solenemente ignorado pela bancada vendida e cheira-calçola do estado.
Em época de extrema crise, com as indústrias procurando uma beirinha de argumento pra mandar meio mundo embora, os componentes de sua produção não podem ser internados no estado pela falta de liberação das guias.
Neste meio tempo, os 3 senadores (Omar Aziz, vanessa Graziotin e Sandra Braga), a maioria dos oito deputados federais e o ex-senador e atual ministro Eduardo Braga; não fazem POHA NENHUMA pra resolver.
Há mais de um ano que a autarquia está com um superintendente interino porque a dentuça não se digna a nomear um efetivo por conta da alocação de apaniguados que não consegue definir.
Com isso, as linhas de produção param uma a uma e a fila de desempregados no SINE aumentam a cada dia.
A imprensa local bate nos caras que se fazem de morto por MEDO de encarar a soberana e dar uns tapas na mesa em defesa do povo.
Tô doido pra encontrar estes canalhas nos aeroportos. Mês passado falei com os deputados Átila Lina e Alfredo Nascimento, dois dos mais bajuladores eternos. Máximo que disseram foi "vou fazer pronunciamento no plenário". Tomanocó. É muito pouco.
Que falta fazem um Arthur Virgílio ou Jefferson Peres na tribuna...

Kits Para o Dia dos Namorados

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2 - Kit carinho e ternura



Namorados X Chifres


quarta-feira, 10 de junho de 2015

200 Bilhões, Noves Fora Nada


Lançado com um estardalhaço quase eleitoral, o Programa de Privatizações, OPS, Concessões da regovernANTA, feitas as minhas tradicionais contas de padaria; parece com bem menAs chance de ter algum sucesso que os sucessivos e inoperantes PACs 1, 2 e 3. Senão vejamos...
Pra começar, tem aquela tendência de abarcar o mundo com as pernas, conforme o sempre megalomaníaco princípio ufanista da corja vermelha.
Dos 198,4 Bilhões de Reais anunciados, apenas 35% poderão ter alguma chance de se materializar durante o mandato da soberana, se é que vai ter 4 anos. O restante tem previsão de implantação que se estende até o final do século XXI, ou seja ao Deus dará... Mas prossigamos.
Dos tais 69,2 Bilhões que ela vai ter chance de acompanhar, 40 Bilhões são pr´aquela ferrovia Bi-oceânica que hoje se resume a um risco no mapa feito com o auxílio do Google Earth; sem ter, ao menos, um sobrevoo ou uma expedição topográfica.
Para as demais ferrovias, vai se tentar acabar a obra mais longeva da face da terra, a ferrovia Norte-Sul, que começou logo depois que Pedro Álvares Cabral aqui chegou e hoje se resume a uns minguados quilômetros inaugurados umas 10 vezes pela dupla loola-deelma.
No caso dos portos, existe alguma chance de vingar uns terminais novos em Santos e no Pará, pois já se tem alguma coisa implantada. O resto nem nome tem. São só sonhos...
Tirante uns minguados quilômetros de rodovias federais em péssimo estado e que podem ser reformadas por terceiros num prazo razoável, o programa de estradas é falácia pura. Nada aponta para a real necessidade de alívio e ampliação de tráfego país afora, principalmente no que se refere a escoamento de safras.
Não fossem os aeroportos de Salvador, Porto Alegre, Florianópolis e Fortaleza; que estão quase prontos necessitando de pequenos complementos, a parte de suporte a bezourões de aço seria mais quadradinho em mapas Google. O que tem de aeroportos e aeródromos regionais é uma benção. Ou seja, só mais um lote de intenções.
Agora vejamos a parte que interessa, FINANCIAMENTO.
Com o caixa combalido a ponto de meter a mão em depósitos compulsórios de banco, poupanças e FGTS; os bancos oficiais sobre quem o gunverno tem controle (diga-se de passagem IRRESPONSÁVEL) não terão como subsidiar os bilionários valores do programa.
Com os juros em rampa ascendente quase que exponencialmente, pegar empréstimos na rede privada levará a elevação de custos de implantação dos empreendimentos e, consequentemente das tarifas de serviço e pedágio a serem cobrados.
E quem vai executar as obras? Com 100% das empreiteiras de porte, com bala pra tocar construções deste porte, atoladas até os captores de raios dos prédios onde funcionam suas sedes, nas apurações de chuncho da Operação Lava a Jato, não sobra quem tenha estrutura para fazer frente aos desafios. E não são coisa de curioso. Há que se dispor de muio planejamento e infraestrutura administrativa.
Bom, como tudo isso é mais uma lare-lare descomunal, podemos nos divertir com os rostos otimistas dos que aparecem na TV mostrando os gráficos, enquanto esfíncteres trabalha para suportar as denuncias que pululam na mídia.

Avuando e Cantando e Fugindo da Nação...


Lembram da viagem da regovernANTA ao México na última semana de maio para "fazer grandes negócios e abrir novos mercados"?
Pois é. Escrevi aqui que "por uma enorme coincidência", a viagem aconteceu na mesma semana da reunião de mais de 5.000 prefeitos em Brasília onde a dentuça iria discursar; e onde estava previsto um gigantesco cornetaço, bem ao estilo vuvuzela.
Pois bem... Nesta quinta feira 11/06, acontecerá a maior concentração de bandidos dos últios 5 milhões de anos, o 5º Congresso Nacional do PT, em Salvador na boa terra da Bahia.
Qual a maior autoridade constituída do PT? A soberana. Claro que ela vai, diria algum incauto, mas poha nenhuma...
Nossa poderosa, cagona e fujona, vai para a Bélgica. Avuou ontem de manhã. Ah, mas ela só foi ver o átomo de ferro gigante e já volta, diriam os mais apaixonados. Negativo, ela só volta no sábado de madrugada. Tudo bem, ela discursa no final, objetariam os cheira calçolas. Coisa nenhuma. Como vai chegar cansadinha, a rainha da pedalada não vai ter condições físicas de falar.
Claro que saporra deu a maior merda nas ostes vermelhas. Se já se verificava um enorme distanciamento entre o gunverno e o PT desde a primeira eleição de deelma agora o bicho pegou de vez. Irritou os potentados petistas. Nem o 9 dedos conseguiu acalmar os ânimos.
Todos esperavam que a ciclista de ocasião explicasse aos cumpanhêrus a poha-louquice da política econômica e a mudança de posição desda a eleição.
A rapiocada agora pensa em esticar o evento até o domingo num ato extraordinário especial fora de pauta nunca antes visto etc etc para que ela possa falar.
Caro que a oração maior é para ainda tenha algum louco para ouvi-la. 
O glorioso Joaquim Levy vai, portanto, apanhar sozinho durante o congresso, principalmente no que se refere a "perda de direitos dos trabalhadores". 
Tá bom que todo esforço foi feito, mas a ausência de madame no ato de abertura só jogou gasolina na fogueira de São João.
Ou seja: PHODEL

Atualização às 08:00: a pressão dos cumpanhêrus deu resultado. A regovernANTA vai avuar de volta amanhã ao longo do dia e estará na sexta feira na convenção.

terça-feira, 9 de junho de 2015

Comércio: 1 Milhão de Desempregados


É Pacabá...

Vocês ainda acham que a coisa é pequena? Os guardiões da economia do país fazem as contas para tratar com uma enorme bronca.

Eles têm a expectativa aterrorizante de que a crise levará o comércio varejista a demitir perto de 1 milhão de pessoas durante este ano. 

Isso certamente causará uma grande convulsão social pois isso representa 12% dos atuais 7.945.613 dos trabalhadores com carteira assinada no comércio. Só o setor público emprega mais que o comércio: 9,3 milhões.

Em 2014, o comércio varejista teve o pior desempenho em dez anos, mas a crise nos anos de 2015 e 2016 será ainda mais grave. Nos primeiros três meses de 2015 já houve 129 mil demissões no comércio. É a maior queda do nível de empregos formais desde 2007.

O governo só vinha se preocupando com a indústria automobilística, mas só o Grupo Pão de Açúcar emprega 160 mil, mais que todas as montadoras juntas.

A crise é devastadora no comércio, em grandes e pequenos centros. No Distrito Federal, já foram fechadas só este ano mais de 2 mil lojas.

Crava 13 e Lacra...

Oitiva dos Petroleiros: "O Sentimento É de Revolta"


É Pacabá...
Apenas quatro PRAlamentares estiveram na sessão na CPI da Petrobras ontem no congresso para a oitiva de sete gerentes graduados que militaram nas obras da Refinaria do Nordeste (aquela enrolada refinaria Abreu e Lima de Pernambuco) e a na Refinaria Henrique Lajes em São José dos Campos
Ora, se não tem quem pergunte, quem é que vai responder? As criaturas foram lá e, solenemente, disseram que não sabiam de nada, que quem nomeava eram os outros (que outros?), que "na sua época" não tinha nada de chuncho, pê pê pê pô pô pô bico de pato. Uma canalhice só...
Não fosse a fala do imortal Flávio Fernando Casanova da Mota (o bonitão aí de cima), ex-gerente de empreendimento de Abreu e Lima, seria uma coisa modorrenta de dar dó.
Disse o beócio que a sensação entre os petroleiros é de uma revolta e decepção geral com o acontecido e que ele "sentia raiva" por estar assistindo tudo isso, afirmando com a mão na Bíblia que seguiu as regras da empresa.
Ora meu senhor, vá tomanocó, antes que eu me esqueça.
Mas também esperar o que, quando a própria regovernANTA, numa entrevista à televisão francesa, pega o santo e diz que "não tinha nada a ver com a operação Lava a Jato, que tudo não passou de atos malfeitos de uns 4 ou 5 funcionários graduados e que iria lutar até o fim para provar sua inocência"

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Leilões no Sistema Elétrico: Sinal Amarelo


O ministro Eduardo Braga, das Minas e Energia, deve continuar acendendo vela para Santa Clara, pedindo chuva nos reservatórios combalidos e depleciados; e para São José, protetor dos trabalhadores.
A ação conjunta deles pode permitir acontecer o que ele tanto alardeia: o Brasil não corre riscos de racionamento e os empregos serão mantidos.
Digo isso porque não acredito no sucesso dos leilões de pacotes de obras no sistema elétrico do Brasil, a acontecerem até dezembro deste ano e com horizontes de conclusão entre 3 e 5 anos.
O que está na prateleira são cerca de 4 obras de transmissão e 4 de geração, entre elas a Usina Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, um empreendimento de grande porte (8.000 MW) em que vale a pena se colocar ficha, mesmo com as dificuldades de se conseguir licenças para represas na Amazônia.
O resto é pão com manteiga. Obras pequenas em vulto e que pouco acrescentarão em estabilidade ao sistema.
Some-se a isto o combalido caixa do BNDES, um antigo saco sem fundo que vai usar até poupanças e FGTS de trabalhadores; o inexistente caixa próprio de investidores (exceto os perigosos chineses) e a visão pessimista de empresários para os próximos anos da economia do país.
Mesmo que o otimismo dos mandatários da Empresa de Pesquisa Energética - EPE, Maurício Tolmasquim; e da  Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, Romeu Rufino, seja total, não acredito que se obtenha preços tão menores que os tetos a serem estabelecidos pelo poder concedente (que já imagino serem um pouco superiores ao que se usualmente determina.
Supondo que haja a "retomada do crescimento" alegada pelo Henrique Levy, o consumo, hoje em retração pela queda verificada em todos os setores da economia, o suprimento ficará severamente comprometido.
A ver...

PAC: O Fim de Muito Sonhos

Uma matéria do Estado de São Paulo

Imagine um pequeno distrito, numa pequena cidade no Recôncavo Baiano. Vida pacata à beira do mar, conversas nas calçadas, botequim do amigo nos fins de semana.... De repente, tudo se transforma.
Três das maiores empresas do Brasil, Odebrecht, OAS e UTC, resolvem usar a benevolência da natureza e o baixo custo de grandes glebas de terra e construir um estaleiro.
Empreendimento de sucesso assegurado. Cliente cativo: uma empresa que vai fornecer sondas para outras empresas enormes e que vão prospectar para a gigantesca Petrobras, sétima empresa maior do mundo. Uma rede de negócios extraordinária.
Aí a canoa furou...
Chunchos e negociatas nunca antes imaginados na história do Brasil, colocaram todas estas empresas no olho de um furacão chamado Operação Lava a Jato.
Aí o paraíso desenhado pela população de São Roque do Paraguaçu, em Maragojipe, no Recôncavo Baiano, sofreu um duríssimo golpe. 
Em menos de dois anos, a população local saiu da condição de emprego pleno para um total desemprego, com a paralisação das obras e operação do tal milagroso estaleiro Enseada Indústria Naval.
De cerca de 7.500 operários, o estaleiro emprega menos de 200 pessoas trabalham, apenas para manter os equipamentos em ordem e evitar o apodrecimento.
Quando as demissões em massa começaram, em novembro do ano passado, os moradores locais sentiram na pele a catástrofe que os esperava. Muitos tinham se endividado para realizar investimentos em infraestrutura para os novos habitantes: hotéis, restaurantes, locadoras, e por aí vai. Outros, numa surpreendente mina de ouro, compraram carros, construíram ou reformaram a casa e agora estão com o nome sujo na praça. Muitos nem chegaram a abrir as portas dos novos estabelecimentos. 
Fica uma dúvida atros: o empreendimento voltará à ativa e se os empregos serão retomados? O questionamento, no entanto, está muito longe de uma solução. 
Para voltar ao normal, o estaleiro depende de liberação de financiamento de R$ 600 milhões do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal além da retomada dos pagamentos da Sete Brasil (aquela empresa milagrosa criada para intermediar a construção de sondas); coisa de mais R$ 900 milhões.
Com as demissões, R$ 120 milhões em salários deixaram de irrigar a economia local nesse período. Com as famílias desempregadas e menos funcionários de fora das cidades, o comércio sucumbiu ao baixo movimento. Muitos já fecharam as portas e outros não sabem até quando aguentam arcar com as despesas. Sem demanda, eles também desempregam e provocam um efeito cascata. Da mesma forma que a chegada do estaleiro turbinou os negócios, a paralisia das obras devastou as finanças da cidadezinha, que dependia 100% da operação do empreendimento. 
Cenas como essa se reproduzem Brasil afora, onde tem obra ou empreendimento destas empresas geridas por canalhas.
Roubaram em conluio com os petistas e apaniguados e agora, depois de escondidos os caraminguás que precisam para manter seus altíssimos padrões de vida; quebram e deixam a miséria para os pobres coitados, estes sim, que raparam o que tinham e pegaram dinheiro caro nos bancos (e não as benesses do BNDES) e cravaram em seus negócios.
Este talvez seja seu maior pecado. E esse eu não perdoo.

domingo, 7 de junho de 2015

É a Inflação, Cazzo


Ontem o jornal O Globo publicou uma reportagem sobre a queda de braço em vigor entre as redes de supermercados e seus fornecedores, especialmente dos ramos de alimentação, higiene e limpeza.
Encurralados pela necessária elevação de seus preços por conta de uma conjuntura de inflação crescente e dólar em alta, os varejistas vêm tentando segurar preços para não afugentar mais ainda os consumidores.
O caminho adotado é comprar em volumes maiores e reduzir prazos de pagamento para não ter que repassar aumentos de até 15%, segurando e fracionando as elevações que são inevitáveis e tentando lucrar não mais na unidade, mas no volume..
por causa da safra e ainda tem a questão do dólar. Hoje, a gente não consegue obter a mesma margem. Estamos procurando ganhar no volume de vendas.
Na pressão, consta até a ameaça de troca de fornecedor, um caminho normalmente evitado para anter parcerias antigas, que costumam ser mais vantajosas.
Nos casos em que os aumentos são provocados por mudança de alíquota de imposto, phodel...Não tem jeito de não repassar. 
Nos três primeiros meses de 2015, o varejo teve o pior resultado desde o terceiro trimestre de 2003, segundo dados do IBGE, com quedas de quase 2% na comparação com o mesmo período de 2014. 
Isto se reflete no Índice de Confiança do Consumidor (ICC), medido pela FGV, recuou 2,9% na comparação entre fevereiro e março, o menor patamar desde setembro de 2005, quando a série foi iniciada.
O varejo sabe que, se repassar o aumento de preço para a prateleira, o que está ruim vai ficar pior. O preço está fazendo a diferença com o orçamento do pobre mortal assalariado segurando nas mãos crédito caro e juros altos. Se o comerciante repassar o que tem recebido do atacado, vai afugentar ainda mais o consumidor, assolado que já está e cheio de incertezas com o cenário nacional.
Mas larga de mão disso. Crava 13 e lacra... Tudo está bem e inflação é coisa da imprensa golpista.