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sábado, 22 de novembro de 2014

Uma Chantagem Escrachada e Criminosa


É um verdadeiro escárnio, uma chantagem desavergonhada, um terrorismo escrachado e outros adjetivos de pior qualidade; o que os ministros, principalmente o irrevogável Merca e Miroca Belchior, alguns senadores e deputados alugados, como a onça pintada Vanessa Grazzziotin e Rui Falcão, e a própria regoverNANTA; estão fazendo com a nação, ao dizerem que, se não for aprovado o crime fiscal de revogação da Lei de Responsabilidade Fiscal para acobertar a gastança desenfreada feita pelo governo este ano (e com certeza nos anos anteriores) para assegurar a reeleição da dentuça. O diabo mesmo, como disseram que iam fazer.
Anunciam aos 4 ventos que, caso o congresso não aprove esta poha, será necessário cortar os gastos nas obras (superfaturadas, diga-se de passagem), alguns programas sociais, o repasse às emendas parlamentares (pra facilitar empurrarem goela abaixo nos canalhas congressistas), algumas desonerações e incentivos fiscais a setores industriais privilegiados, não pagamento de empreiteiros e fornecedores por eventos passados e por aí vai.
Decorrente ainda da forçada transgressão inegável e óbvia da Lei, argumentam falsamente os porta-vozes do (des)governo que haverá desemprego em massa, redução do bolsa família, desabastecimento, aumento da inflação e outras tragédias.
Em nenhum momento, falam do lado negro da força: a total irresponsabilidade dos gastadores em sua inconsequência administrativa e transgressão da Legislação vigente.
Como sempre terceirizaram a inconsequência. Alegam que "esse negócio de superavit primário é coisa de terceiro mundo e só existe no Brasil. O mundo todo nem trata deste tema", alegam. Também dizem que a necessidade do derrame de dinheiro nas ações do governo se deu pela "crise" mundial que acabou com todas as economias, mesmo a de países poderosos como Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos; ainda que todos os números sérios apresentados por organismos responsáveis de repercussão internacional digam ao contrário.
Relegam ixpertamente os canalhas que, nestes e outros países, quem gasta o que não tem vai pra cadeia, com lei ou sem lei de responsabilidade, com superavit definido ou não. por aqui, basta mudar o limite e pronto. Pelo menos é o que querem os safados.
A oposição ameaça com a sua arma mais ao alcance: OBSTRUÇÃO das matérias nas casas. É pouco. Têm, e temos todos nós, que recorrer a outros meios: berreiros nas praças públicas, denúncias internacionais, audiências públicas, entrevistas coletivas convocadas especificamente para este fim; TUDO mesmo para ameaçar com execração generalizada qualquer um que ouse se postar contra os interesse da nação para acobertar as merdas da corja vermelha.
Provavelmente na próxima terça feira o tema voltará a ser tratado na Comissão de Orçamento e, na sequência, no Plenário conjunto senado-câmara. Temos que ficar atentos e, durante estes dias até lá, enviarmos e-mails, darmos telefonemas, conversar com os parlamentares que encontramos por aí, enfim, FAZERMOS O DIABO, pra que não se aprove este absurdo.
Ligue para 0 800 619 619 e se manifeste contra. Vão votar essa porra provavelmente na terça feira. Use e abuse do telefone acima. Não podemos deixar que se quebre este pilar da estabilidade econômica, a Responsabilidade Fiscal

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Cordelando 96: O Fenômeno do Empobrecimento Relâmpago


Muita coisa espantosa,
Acontece no Brasil.
A que temos mais recente,
Foi dinheiro que sumiu.
Das contas dos empresários,
Muito ricos, isso é fato.
Só porque foram enquadrados,
Na turma do Lava a Jato.

Quando a Justa foi olhar,
Na conta deles no banco.
Não tinha nenhum dinheiro,
Tava zero, tava branco.
Como vão ter que pagar,
Tudo na ponta do lápis.
Com certeza vão pedir,
Um adEvogado grátis.

Mas não foi só desse bando,
Que sumiu o patrimônio.
Teve também deputado,
Que também viu o demônio.
Eleito como mais rico,
Na eleição que passou.
Requereu gratuidade,
No processo que micou.

Lá pras bandas do oeste,
No estado de Rondônia.
Também teve operação,
Que causou grande vergonha.
Foi preso governador,
Que ganhou reeleição.
E também foi encanado,
Quem lhe fez oposição.

Danado foi ser citado, 
No meio da confusão.
Pois o nome que escolheram,
Pra dar na operação.
Se não for ficar atento,
E nem tiver um chilique.
Foi que batizaram ela,
Com o nome do cacique.

Enquanto isso a mudança,
Na turma de economia.
Acontece tanta coisa,
Que até careca arrepia.
RegovernANTA pediu,
Trabuco fez de rogado.
Ministério da Fazenda,
Disse não, muito obrigado.

Também convém destacar,
Notas de falecimento.
Pois destaque aconteceu,
Que causa algum tormento.
Morreu o Samuel Klein,
Homem de bom coração.
Que fundou Casas Bahia,
Pra atender população.

Aumentou o crediário,
Vendeu a vista e a prazo.
Fez carnê pra quem não pôde,
Comprovar nem o salário.
Ajudou a muita gente,
Fez tudo por caridade.
Foi um homem muito bom,
Que vai nos deixar saudade.

Por outro lado também,
Passou dessa pra pior.
O famoso adEvogado,
Poderoso que nem Thor.
Tomás Bastos escapou,
Da ponta da baioneta.
E foi logo se sentar,
Lá no colo do capeta.

De lascar foi a mensagem,
Que chegou lá congresso.
Mandada pela dentuça,
Na moral foi um regresso.
Depois de jogar no lixo,
O controle da inflação.
Quer derrubar o pilar,
De um marco da nação.

A Lei que disciplinava,
Todo gasto com limite.
Responsável que tornava,
Quem tentasse algum trambique.
A dentuça que gastou,
Muito mais do que podia.
Fez o diabo na eleição,
Quase tudo à revelia.

Pois agora no finzinho,
Na hora do vamos ver.
Quer mudar regra do jogo,
Fazer desaparecer.
Os gastos que superaram,
Toda arrecadação.
Aumentando mais que o teto,
A gastança da união.

Uma cena deplorável,
Surgiu lá na comissão.
Que controla o orçamento,
E gerou a confusão.
Aprovaram na porrada,
A lei errada e infame.
Nem deixando que falasse,
Quem era contra o vexame.

A gritaria foi grande,
Relatou toda imprensa.
Ninguém de bem aceitou,
Da moral esta ofensa.
Tentado fazer calar,
A revolta da nação.
Empurraram uma semana,
Prorrogando a votação.

Fato é que no Brasil,
Surgiu grande aliada.
Um novo agente da lei,
A delação premiada.
Querendo tirar da reta,
E se livrar da prisão,
Se tem prova apresenta,
Diminui a punição.

Resta agora à PF,
Nosso órgão apurador.
Que continue o acocho,
Seja peão ou doutor.
Pegue, interrogue e apure,
Ponha tudo no papel.
Encaminhando à justiça,
Pelo fim desse cartel.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

O Cheque Especial da regovernANTA


Absolutamente incrível e inadmissível o que aconteceu ontem no congresso nacional. A comissão de orçamento, liderada pelo relator, o glorioso senador Romero Líder Eterno Jucá, com o apoio do presidente do poder legislativo, Renan Cabeleira Calheiros, aprovou na marra, na truculência, na força, na porrada e coisas afins, o projeto de lei encaminhado pela regovernANTA que lhe permitirá descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e apresentar as contas do ano sem cumprir as metas de superavit primário, o que, em última análise, representa a concessão de um cheque especial para a dentuça pagar a exorbitante gastança que teve que realizar em 2014 para se reeleger.
Pelo projeto, serão retirados das contas, como se nunca tivessem existido, a super-benevolentes concessões de dinheiro a setores industriais, pelas renúncias fiscais que não adiantaram porra nenhuma a não ser endividar o povão e o próprio governo; e os gastos com as obras superfaturadas, inacabadas e inacabáveis do PAC.
Ou seja, um cidadão chamado José, administra sua cota no banco o ano todo. Com ele paga supermercado, aluguel, luz, água e outras despesas domésticas. No meio do ano, resolve fazer um puxadinho no barraco pra atender a Maria e levar a mãe dela pra morar com eles.  Pede dinheiro ao gerente no cheque especial, contando com um abono e um aumento prometido pelo chefe. 
Vendo que a coisa tá correndo frouxa, arranja uma amante e promete uma mesada pra ela também. Chega em novembro, o aumento e o abono gorou, a amante lhe meteu um chifre e ele está endividado até os cabelos.
O super Zé vai no banco e diz pro gerente pra ele esquecer o empréstimo pois a sogra morreu e a amante lhe deixou.
É mais ou menos assim que a regovernANTA quer que o congresso haja e nós aceitemos.
A meta de superávit primário do setor público estabelecida na LDO é de 167,4 bilhões de reais, ou cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB). Mas com os descontos já permitidos, o governo estava perseguindo uma meta de 99 bilhões de reais neste ano, equivalente a 1,9% do PIB.
Se aprovado, na prática, o projeto desobriga o Executivo de realizar um superávit, já que de janeiro a setembro os gastos com o PAC somam 47,2 bilhões de reais e as desonerações chegam a 75,7 bilhões de reais, segundo dados do Tesouro. E esse montante total de 123 bilhões de reais deve subir até o fim do ano.
De janeiro a setembro, o resultado primário do setor público consolidado --governo central, Estados, municípios e estatais-- ficou negativo em 15,3 bilhões de reais, o primeiro na série histórica do Banco Central, iniciada em 2002.
Claro que a minoria dos parlamentares da oposição apresentaram 80 emendas, mas o relator rejeitou todas, mantendo o texto do governo com apenas uma alteração sensacional, que ele próprio sugeriu. Jucá trocou a no texto do governo a expressão “meta de superávit” por “meta de resultado”. Isso porque não se sabe se 2014 fechará com déficit ou com superávit primário, sendo mais provável um vermelhão no balanço.
No texto, o Jucá diz que a meta de resultado primário não é imutável ou rígida. Para ele, fixar ou modificar o número tem o propósito básico de trazer ao conhecimento e ao debate as consequências do conjunto das decisões adotadas no campo econômico e fora dele.
O senador canalha defende a aprovação do projeto por considerá-lo importante para o equilíbrio fiscal. De acordo com ele, o governo está tratando a questão de forma transparente e com respeito. “Quanto mais rápido o país puder sinalizar para o equilíbrio fiscal e para a ausência de conflito nessas questões, melhor será a sinalização para os mercados interno e externo e, quanto mais conflituoso for o processo, pior será a leitura”, disse Jucá.
A coisa é tão grave que o presidente do TCU chamou a nefasta manobra de improvisação fiscal. Os efeitos podem se repetir d´ora por diante e será o fim da Lei da responsabilidade Fiscal e a volta da instituição da zona nos gastos públicos nas três esferas ee nos três níveis do poder. Será a volta da gastança desenfreada e sem limites de todo mundo. Um retorno de 20 anos no tempo, pra falar o mínimo.
Em 2013, pelo menos tiveram o cuidado de fazer uma maquiagem menos ostensiva e inventaram até um noco termo, a Contabilidade Criativa, colocando contas de chegar nos itens orçamentários. Este ano escracharam mesmo.
Claro que chantagem de todo lado. O grande irrecorrível Mercadante já largou um "a culpa será do congresso se as contas não fecharem e não serão liberadas as emendas dos parlamentares; mas nada justifica o abafa que vi ontem na sessão inesquecível de abafamento na casa de parlar, dialogar, debater.

ATUALIZAÇÃO: 
Transcrevo a descrição da cena feita pelo Josias de Souza, que foi mais ou menos o que eu vi.... VERGONHOSO..


Passava de 23h. Transmitida ao vivo pela internet, a sessão da Comissão de Orçamento, a mais nobre e importante do Legislativo, já durava três horas e meia. Um tempo que havia sido 100% consumido em manobras regimentais, puxadas de tapete, palavras em riste e descortesias. Armada do regimento, a oposição tentava protelar a decisão. Os governistas tinham pressa.
De repente, o relator do projeto, senador Romero Jucá (PMDB-RR), e o presidente da comissão, deputado Devanir Ribeiro (PT-SP), decidiram fechar a conta. Interessados em postergar a deliberação, os líderes da oposição postam-se defronte da dupla, para bloquear-lhes a visão.
— Sai da frente, gritou o líder do governo, deputado Henrique Fontana (PT-RS), para os colegas de oposição que se postavam defronte da mesa diretora da Comissão de Orçamento do Congresso.
— Não saio! Se vocês querem estabelecer a zona, a gente não vai respeitar, respondeu o líder do DEM, Mendonça Filho (PE).
Devanir pediu ao relator que apresentasse o seu relatório. Jucá respondeu que a matéria, já sobejamente conhecida, dispensava apresentações. E sugeriu que fosse realizada a votação.
“Os senhores parlamentares que forem a favor da aprovação permaneçam como se acham”, declarou Devanir. Mesmo sem enxergar a reação do plenário, o deputado proclamou o resultado: “Aprovado”. Em pouco mais de três minutos, a fatura estava liquidada. A proposta seguiu para o plenário do Congresso.