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sábado, 30 de agosto de 2014

A Madeira na História do Brasil


Hoje um país fortemente industrializado, o Brasil teve seus momentos extrativistas destacados no passado, seja remotíssimo, remoto ou recente. Senão vejamos...
Quando o glorioso Cabral (o Pedro, não o Sérgio) por aqui aportou; a mando de sua majestade o rei D. Manuel I, que queria por sua bandeira n'alguma terra que valesse a pena antes que o vizinho D. Fernando fincasse a bandeira da Espanha em tudo, em troca de algumas quinquilharias começou a levar para além-mar ouro, pedras preciosas e... madeira, principalmente aquela que deu o nome à terra: pau-brasil (Caesalpinoideae).
Madeira boa e forte, foi usada pesadamente na indústria de móveis lusitana e, permitindo ótimo aproveitamento, cascas e galhos moídos ainda davam um excelente corante para a indústria têxtil. Claro que quase dizimaram a pobre espécie, mas o IBAMA e seus antecessores, conseguiu salvar indivíduos que permitiram reconstruir a linhagem.
Na continuação da saga, as florestas foram sendo convertidas em pastos para animais ou plantações de cana de açúcar, cacau, café, etc, etc. Mas a madeira ainda gerava riqueza.
Começou a dar um probleminha internacional quando os grandes e vorazes consumidores europeus e americanos do norte abriram o olho e viram que precisavam respirar. Como já tinham passado a moto-serra e o trator em tudo por lá; botaram olho grande na Floresta Amazônica (praticamente o que sobrou por aqui) e a madeira virou objeto de culto e veneração, não pelo pau em si, mas por outros tesouros abrigados sob eles (ouro, diamante, metais raros, minérios e coisas afins).
Abstraindo o aspecto comercial e ambiental, um outro uso bastante simbólico da madeira foi o famoso pau de dar em doido, carinhoso apelido dos cassetetes das PMs país afora durante os governos militares, cuja função era acalmar os comunistas que se aventuravam a querer fazer da nação uma Cuba de milhões de quilômetros quadrados.
Evoluindo do campo político-romântico do uso da madeira, já sob a égide do IBAMA como o conhecemos, um outro episódio envolvendo madeira causa espécie e indignação, nem mais nem menos aos que já me referi neste post; e ao qual já teci algum comentário AQUI no blog.
Uma vez que já foi destaque e teve sua abordagem política, gostaria de acrescentar umas coisinha à história dos personagens envolvidos: Dona Almarina e seu cônjuge Fábio.
Evidente é em qualquer leitura que se faça do passado de ambos, crava-se irremediavelmente um estrela vermelha nos seus peitos. Caso dele, até poucos dias atrás, posto que trabalhava no governo dos imperadores do Acre, agora não mais o Galvez, mas os irmãos Viana.
Isto posto, cabe elevar, e muito, a discussão sobre a falsidade por trás da máxima da campanha dela de ser "a nova forma de fazer política".
Jogando para o alto tudo que pregava em sua vida, passou a criticar suas origens petistas e ser contra fisiologismo, adesões oportunistas, culpabilidade inimputável, apetite voraz por cargos e boquinhas, fingimentos, enganações e outros mil defeitos inadmissíveis em quem se presta a servir a nação.
Com base neste perfil de santificada e ungida, conquistou numa velocidade estonteante uma preciosa dezena de pontos percentuais nas pesquisas e bateu no topo da escala, desbancando até a candidata-governANTA do partido que já lhe deu guarida; passando a ser o objeto de cobiça e veneração de todo neo-reacionário ávido por mudança.
O baque foi grande nas hordas vermelhas e do que se mostrava como o antagônico aos atual governo. Claro que cada um reagiu de um jeito.
O bonzinho disse que é modismo e que logo passa, cumprida a fase de "se-mostrância" dele como candidato e apresentando boas ideias e seu decantado programa de trabalho. Punhos de renda como sempre, quando abrirem o olho estarão apenas com um traço nas tabelas dos institutos de pesquisa; deixando seus eleitores mais uma vez na mão,
Do lado da corja vermelha, tocou horror. Apareceram os saudosistas do "volta loola", nêgo omite o símbolo do partido na propaganda, foge da imagem dela como o diabo foge da cruz e já mandam bilhetinhos e SMS para a elfa parabenizando pelo sucesso, na esperança de serem aquinhoados mais à frente com uma beirinha do guarda-chuva. Assim tipo, "eu não disse? eu bem que sabia...".
Fato é que quem não pactua com a ditadura comunista, está prestes a ter que aturar mais uma aventura dos ideólogos de plantão pelos próximos 4 anos. E haja imposto...

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Cordelando 84: Acabou-se Agosto


Ô mezinho desgraçado,
Este agosto que passou.
Gente boa que morreu,
E que lá no céu chegou.
Também morreu gente ruim,
Que só maldade causou.
E foi ficando aqui,
Quem nem o diabo abraçou.

Começando na política,
Que movimenta a nação.
Surgiu a nova pesquisa,
Que coleta opinião.
Dizem que Marina Silva,
A santinha enganadeira.
Disparou na liderança,
Causando grande carreira.

Do pouco 8 porcento,
Que Eduardo ostentava.
A Marina chegou,
Dando uma grande arrancada.
A 28 porcento,
Difícil de acreditar.
Como pode a criatura,
Tanta gente conquistar.

Falando tanta besteira,
Prometendo o que não tem.
Mentido como o PT,
De onde aliás é que vem.
Já mudou mais de partido,
Do que eu troquei de tanga.
Sempre bem acompanhada,
Da grana de quem lhe banca.

Interessante saber,
Da tartaruga sem casca.
É a mudança de pensar,
De tudo que ela pregava.
É a favor da semente,
Que a genética transformou.
Se disseram que era contra,
Ela nunca se lembrou.

As barragens das usinas,
Que causam alagação.
Que ela sempre foi contra,
Virou admiração.
Disse que vai ampliar,
A geração de energia,
Mesmo que uns pés de pau,
Paguem pela valentia.

GovernANTA coitadinha,
Tá apertada pra danar.
A chicória apareceu,
Conquistando seu lugar.
Corre-corre no planalto,
Tocou mesmo o horror.
Pois se ela perde a parada,
O PT que se lascou.

Toda forma de poder,
Que o partido montou.
Numa rápida piscada,
Desmontou-se, acabou.
Os cupinchas alocados,
Em tudo quanto é lugar.
Vão arrumando as gavetas,
Pois vão ter que se mandar.

O mineirinho do Aécio,
Continua bom mocinho.
Despencando na pesquisa,
Com o punho bem limpinho.
Se continua assim,
Só mostrando seu rostinho.
Vai levar uma lavada,
Vai pra casa rapidinho.

E o PIB coitadinho,
Despencando pra danar.
Se o ano não acaba,
Capaz mesmo de zerar.
Teve o ômi que chamou,
Me causando risadinha.
Nosso PIB a té parece,
Com a dança da cordinha.

E o supremo tribunal,
Casa de grande saber.
Quer aumentar seu salário,
Coisa que atinge você.
São só vinte e dois porcento,
No bolso de cada dotô.
Indo para 36 mil contos,
Dinheirama pra valer.

E a grande Petrobras,
Que tem rolo pra danar.
Só que pra alguém ser punido,
Nunca chega a avançar.
Mas também lá conseguiram,
Aumentar a mordomia.
Dando um baita de um aumento,
Pra toda diretoria.

Deixa eu cuidar da vida,
Pois tenho que trabalhar.
Todo dia o dia todo,
Eu não sou parlamentar.
Que só trabalha 2 dias,
Isso em cada semana,
Esse ano 5 meses,
O resto todo na cama.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

Pequeno Questionário Sonhático


Hoje eu acordei com a macaca. Ontem circulou nas redes sociais que, num tracking em curso, seria informado que a tartaruga sem casca está ascendendo velozmente nas pesquisas, principalmente entre os jovens.
Gente, pelo amor de Deus. O que está senhora tem, além da pose de vítima e sofredora para ser endeusada deste jeito? Ela não passa de um modismo, um fenômeno efêmero e sem a menor sustentação, nenm política nem programática.
Abandonou o PT por não encontrar respaldo a seu próprio projeto de poder e alojou-se nos "verdes". Era pouco. Quis um partido a sua imagem e semelhança, a tal Rede de Sustentabilidade. Não colou. O próprio PT barrou nas cocheiras. Todo mundo fundou partido e ela não.
Aproveitou-se da tragédia com o Eduardo e lançou suas âncoras no PSB e agora vira a "salvação"  do Brasil e do paneta inteiro? Já vimos isso e deu no que deu com Collor, loola e deelma.
Não dá pra tentar de novo.
Fiz uma série de perguntinhas singelas na minha simplicidade silvícola, tanto no twitter quento no facebook sobre o que poderia esta elfa fazer para mudar o Brasil que temos então. Ninguém dos fãs da sonhática conseguiu responder. Apenas comentários vãos e sem nexo como tudo que a cerca.
Reproduzo alguns aqui na tentativa que alguém me ajude a me esclarecer sobre ela.
  1. Perguntinha silvícola: Qual a ideia de Marina Chicória para reduzir a inflação e retomar o crescimento?
  2. Outra perguntinha silvícola: como fará Marina Chicória para concluir as dezenas de obras inacabadas que a governANTA vai deixar?
  3. Questões político-sociais para a tartaruga sem casca: Sobre 39 ministérios e agências reguladoras aparelhadas; o que ela diz?
  4. Tão "influente" no mundo inteiro, como será a política de relacionamento mundial da Marina? Defenderá as ditaduras e o anti-capitalismo?
  5. om uma rede tão poderosa, como Marina vai agir na reforma política que favorece os canalhas?
  6. Comércio exterior da Marina? Agronegócio ou preservação das saúvas e sauin de coleira?
  7. Decreto 8243 (conselhos populares bolivarianos). Marina apoia. Vai implementar e fechar o congresso?
  8. Suprimento de energia de Marina para a industria: lampião e candeeiro ou usinas geradoras?
  9. E sobre o tripé econômico (Controle Inflação, gastos públicos baixos e metas para inflação) de Marina? Como vai ser?
  10. 40 mil apaniguados pendurados em altos cargos no governo. Marina vai fazer o que?
  11. Petrobras e outras estatais roubadas e sucateadas. Como Marina vai recuperar?
  12. Num segundo turno em que não esteja, Marina continua oposição ou reata com o PT como em 2010?
  13. Marina é tão sonhática que quer loola e FHC na campanha dela. Dá pra confiar numa criatura dessa?
  14. Quem vai mandar na política econômica do governo Marina; ela ou Neca Setúbal?
Contando que algum iluminado me ajude, sem mais, atenciosamente....

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Antônio Ermírio de Moraes - RIP


Presto minha homenagem ao engenheiro Antônio Ermírio de Moraes, falecido ontem (24/08) aos 86 anos.
Mais que um grande empresário capaz de construir um império industrial nas áreas de cimento, metalurgia e papel-celulose, deixou-nos um homem bom, trabalhador e honesto; que soube usar seu prestígio e poder a serviço do bem.
Paulista nascido em 04/06/1928, Antônio Ermírio era colega engenheiro metalúrgico formado na universidade do Colorado e seu primeiro emprego foi um estágio não remunerado na Siderúrgica Barra Mansa, uma das empresas da família, já que o velho José Ermírio não era de dar colher de chá pra filhinho não. Estudem, aprendam e depois venham trabalhar comigo.

Liderou o Grupo Votorantim até 2001, quando, aos 74 anos, deixou o conselho de administração e passou para os filhos o comando do conglomerado. Nos últimos anos, o empresário começou a sofrer do mal de Alzheimer. 
Também dedicou boa parte de sua vida à filantropia, contribuindo com a Sociedade Beneficência Portuguesa e a Cruz Vermelha. 
Mesmo multimilionário, dr. Antônio se permitia um estilo simples de vida, a ponto de andar de carros bem usados e ser visto em calçadões e lojas sem marca vistosa, sendo conhecido por seu jeitão franciscano, o que levava seu detratores a dizer que era mal ajambrado ao se vestir, sendo até personagem de humoristas, o que o divertia muito.
Ele deixa a mulher, Maria Regina Costa de Moraes, com quem teve nove filhos.

Nas notas oficiais do Grupo Votorantim e da Beneficente Portuguesa lamenta-se sua morte e destaca-se sua grande liderança e exemplo, inspiração para que seus valores, como ética, respeito e empreendedorismo, sempre defendendo o papel social da iniciativa privada para a construção de um país melhor e mais justo, com saúde e educação de qualidade para todos. Crítico ferrenho da burocracia estatal e dos obstáculos colocados pelo governo ao crescimento das empresas, dr. Antônio se orgulhava de dizer que seu grupo nunca tinha sido favorecido pelo poder e repudiava medidas assistencialistas do governo como já deixou claro em entrevistas a VEJA. "Acho péssimo quando vejo que a prioridade do governo é dar esmola, e não acabar com os entraves à criação de empregos", disparou em 2003.
Um verdadeiro gerador de emprego e renda, diferente dos Eikes de hoje.
De novo, apresento meus respeitos ao dr. Antônio. 
RIP